Arquivo da categoria: barro branco sonoro

silêncio

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Entre tantas definições:

silêncio,
1 ausência completa de ruídos (…) 14 mús pausa em que os cantores ou instrumentos deixam de executar…

contemplar,
1 olhar, observar com atenção 2 ver, admirar com o pensamento 3 imaginar, supor 4 meditar, reflexionar em (…)

(Dicionário Michaelis)

abertura

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Barro Branco Sonoro é um projeto de música experimental, realizado na vila do Barro Branco, município de Lençóis (BA) na Chapada Diamantina. A proposta central do projeto é criar um contraponto poético-musical com o rico ambiente acústico natural da localidade. A primeira etapa da experiência pretende captar a paisagem sonora (soundscape) do Inverno 2015, que se inicia com o solstício de inverno no hemisfério sul (21/06/2015). O material será então editado em fonogramas digitais e mixado com música experimental realizada com instrumentos não convencionais. O material produzido será disponibilizado para download gratuito ao final do projeto, neste site.

O trabalho será desenvolvido entre as datas 21/06/2015 e 22/11/2015, durante este período o site trará atualizações quinzenais (ou duas mensais), com registros fotográficos comentados, a fim de dar maior profundidade às questões do projeto, convidando a acompanhar os preparativos para o lançamento e disponibilização do conteúdo em áudio.

Pensando em soluções de eficiência energética, tecnologia e baixo orçamento, o trabalho se utiliza de energia solar para alimentar um home studio, além de experimentar a utilização de softwares livres para produzir, gravar e editar os fonogramas digitais e a música experimental.

Objetivos:                                     

  • Difundir a ideia de paisagem sonora, além de conscientizar e divulgar o conceito de ecologia acústica nos arredores do Parque Nacional da Chapada Diamantina;
  • Produzir arquivo digital histórico permanente relacionado as estações do ano e à paisagem sonora;
  • Criar referência para futuro monitoramento e desenvolvimento de Leis Ambientais;
  • Gerar material de trabalho para arte-educadores, produtores de audiovisual, interessados em música experimental, terapias alternativas, experiências sinestésicas e demais interessados.

O conceito do projeto é livremente inspirado em duas obras científicas e um documentário:

Afinação do Mundo, A (Schafer, R. Murray. 1977). Criador das expressões “ecologia acústica”, “esquizofonia”, “som fundamental”, o músico e professor canadense Murray Schafer define este livro como a primeira tentativa de que se tem notícia de estudar de maneira sistemática a “paisagem sonora”. A centralidade do conceito é atestada no prefácio da primeira edição brasileira, onde se elege como objetivo da obra exibir a evolução da paisagem sonora no decorrer da história e evidenciar como tais mudanças podem ter afetado o comportamento humano. Schafer também chama a atenção para o fato de que a paisagem sonora, uma vez dinâmica, pode ser aperfeiçoada, e propõe que seja replanejada a partir de um novo jeito de ouvir, criterioso, que pode ser ensinado na escola pública: “Em uma sociedade verdadeiramente democrática, a paisagem sonora será planejada por aqueles que nela vivem, e não por forças imperialistas vindas de fora”. A afinação do mundo é um relato histórico da evolução da paisagem sonora até meados dos anos 1970, mas permanece atual, pois os sons ali relatados continuam ecoando, embora tenham surgido novos ruídos “manufaturados”. Também as teorias e os métodos de pesquisa propostos na obra continuam atuais, como demonstram suas numerosas traduções e reedições em vários países. (Fonte: Editora Unesp – http://www.editoraunesp.com.br/catalogo/9788539301287,afinacao-do-mundo-a)

Alucinações musicais (Sacks, Oliver. 2007). Neste livro, o neurologista e escritor Oliver Sacks apresenta histórias envolvendo a música e pessoas comuns ou portadoras de distúrbios neuroperceptivos. O que se passa com o cérebro humano ao fazer ou ouvir música? Onde exatamente reside o enorme poder, muitas vezes indomável, que a música exerce sobre nós? Essas são algumas das questões exploradas, mostrando, por exemplo, como a música pode nos induzir a estados emocionais que de outra maneira seriam ignorados por nossa mente ou ainda evocar memórias supostamente perdidas nos meandros do cérebro. É impossível não se impressionar com a história do médico que experimenta, depois de atingido por um raio, uma irresistível compulsão por música de piano, a ponto de se tornar ele mesmo um pianista. Ou com os casos de “amusia”, uma condição clínica que faz Mozart soar como uma trombada automobilística aos ouvidos da pessoa afetada. Sem contar as histórias de gente afetada dia e noite por alucinações musicais incessantes. (Fonte: Companhia das Letras – http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12286)

Sobrevivendo ao Progresso (Surviving progress) (Roy, Mathieu e Crooks, Harold; 2011). A ascensão da Humanidade é geralmente medida pela velocidade do progresso. Mas e se o atual progresso estiver nos prejudicando, em direção ao colapso? Ronald Wright, autor do best-seller “A Short History Of Progress” (A Breve História do Progresso), que inspirou este documentário, reflete sobre como as civilizações do passado foram destruídas por “armadilhas do progresso” – tecnologias fascinantes e sistemas de crença que atendem a necessidades imediatas, mas comprometem o futuro. (Fonte: survivingprogress.com ).